sábado, 16 de junho de 2012

O mistério do prefeito


                                                                                         
    Numa pequena cidade, um novo prefeito foi eleito há pouco tempo. Para comemorar seu sucesso o prefeito faria uma grande festa essa noite na praça principal.
   Era tardezinha, o sol estava se pondo e todos da cidade ajudavam nos preparativos. Na família Pereira, havia três crianças que enquanto seus pais ajudavam a arrumar a festa, estavam com sua babá Carminha.
    A hora da festa chegou! Todos, inclusive a família Pereira, estavam prontos e animados para a festança. Era noite de lua  cheia. A praça estava lotada.
   O prefeito finalmente chega.
   Ao final da festa, já era muito tarde. O prefeito começava um discurso e as crianças Pereira já estavam sonolentas assim como Carminha, mas eles acordam quando se escuta um grito de espanto. Todas as luzes se apagam e a população se desespera. Depois de alguns minutos as luzes se acendem novamente, as pessoas percebem que há algo estranho: a estátua do primeiro da cidade desapareceu! Depois de se entre olharem perceberam que a lua não estava mais no céu! Carminha vê o desespero do prefeito e diz:
   --- Foi o sinhô que roubou essa estátua né? Por que ocê fez isso? Num sabia que ela tinha alma penada?!
   Todos se espantam e o prefeito se desespera mais ainda e diz:
   --- O quê? Como assim?
   --- Ué! Achei que o sinhô sabia!
   --- Calma gente! Calma! E-e-la não as-a-be se é verdade! A gente da-a um jeito...
   --- Tarde de mais!
   --- E a lua? --- pergunta o caçula da família Pereira.
   --- Quê que tem a lu-u-a? --- pergunta o prefeito e logo depois desmaia.
   A babá vai até o vice-prefeito para ter explicações.
   --- Seu vice-prefeito, donde que ta a estátua?
   --- Olha não poderia lhe dar essa resposta, mas na verdade a estátua não foi tirada pelo prefeito, mas para acalmar a situação inventamos isso. Nem nós sabemos quem a roubou.
   Carminha com as crianças foram investigar. Foram onde a estatua ficava. Encontraram um bilhete que dizia: eu a roubei, mas você não sabe quem eu sou, você terá somente essa noite para encontrar a estatua senão a cidade será assombrada. Uma dica: não sou como vocês e a igreja agora é minha casa.
   Então eles foram para igreja levando o bilhete. Chegando lá, a igreja estava completamente escura. Nada se via, e os três irmãos começaram a discutir: Maria (a do meio) dizia que queria conhecer uma assombração, João (o caçula) queria entrar de todo jeito e Marisol (a mais velha) se recusava a entrar. A babá acabou com a discussão e todos entraram.
   Quando entraram as luzes se acendem e encontram a estatua no altar.
   --- Cruz credo! Que medo! --- Diz Carminha
   --- Não precisa ter medo --- Diz uma voz vinda da estatua --- Sou a alma do primeiro prefeito e fiz isso por vingança... Queria assustar alguém... Meu neto (o novo prefeito) me matou e agora quero me vingar.
   --- Mas assim toda a cidade sofrerá problemas. --- Diz Marisol.
   --- Então por que votaram nele? Mesmo sabendo que ele me matou.
   --- A gente num sabia disso, disseram que ocê morreu de doença --- Fala Carminha.
   --- Então vocês farão um ritual a mim, dessa maneira só meu sobrinho sofrerá as conseqüências e logo depois minha alma irá descansar.
   Fizeram o ritual e de repente a estatua quebrou e a lua voltou ao céu. Lembra que o prefeito havia desmaiado? Ele não acordou mais e seu coração não batia, ele havia morrido. Dessa maneira, Carminha se torna a nova prefeita da cidade .

                                           Fim 

Walcyr Carrasco


   Walcyr Carrasco nasceu numa cidadezinha no interior de São Paulo chamada Bernardino de Campos, em 1° de dezembro de 1951. Dos 3 aos 15 anos, morou e estudou em Marília. Depois de terminar o 1° e 2° graus, mudou-se para a capital São Paulo e estudou no antigo Colégio de Aplicação da USP. Formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP.
   Durante muito tempo, trabalhou como jornalista nas revistas Veja e Isto é e nos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Diário Popular. Ao mesmo tempo iniciava uma carreira de escritor com histórias para a revista infantil Recreio.
   Com 28 anos, Walcyr Carrasco publicou seu 1° livro: Quando meu irmãozinho nasceu. Começou a escrever também livros infanto-juvenis como, Vida de Droga, A corrente da Vida e O selvagem. Também passou a fazer adaptações e traduções de vários livros como, Os miseráveis, Viagem ao centro da Terra, Contos de Andersen, além de muitos outros...
    Walcyr Carrasco também se dedicou ao teatro. Seu 1° texto a ganhar palco foi a comédia O terceiro beijo. Entre as peças de sua autoria estão Até que o sexo nos separe e Êxtase.
   Estreou na televisão quando escreveu a novela Cortina de Vidro, em 1989, para o canal SBT. Começou a escrever novelas para Rede Globo em 2000 e algumas delas tiveram grande repercussão, como foi o caso de "O Cravo e a Rosa” (2000), “A Padroeira” (2001), “Chocolate com Pimenta” (2003) e “Alma Gêmea” (2005) e “Sete Pecados” (2007).
   Esse grande escritor brasileiro tomou posse na Academia Paulista de Letras, em 2008 e continuou a escrever e adaptar livros.

Pedro Bandeira


   Pedro Bandeira de Luna Filho nasceu em Santos, no dia 9 de março de 1942. Em 1961 muda-se para a capital São Paulo, onde cursou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e desenvolveu diversas atividades, do teatro à publicidade e ao jornalismo.   
    Em São Paulo conhece Lia, com quem se casa e tem três filhos. Em 1967 não trabalhou apenas como professor, mas também como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Desde 1962 trabalhava também com publicidade e jornalismo, na revista “Última Hora” e depois na Editora Abril, onde escreveu para várias revistas e foi convidado a participar de uma coleção de livros infantis.
   Seu primeiro livro, "O dinossauro que fazia au-au", voltado para as crianças, fez um grande sucesso. Mas foi com "A Droga da Obediência", voltado para adolescentes (que ele considera seu público alvo), que se consagrou.
   Desde 1983, Pedro Bandeira passou a se dedicar totalmente à literatura. Ele afirma que a experiência que teve em jornais e revistas, o ajudou muito a escrever livros.
   Atualmente é o autor de literatura juvenil que mais vende livros no Brasil. Alguns livros muito famosos seus são:
  "Os Karas", "A marca de uma lágrima", "Agora estou sozinha...", "A hora da verdade" e "Prova de Fogo"
 

domingo, 10 de junho de 2012

Júlio Verne

   Jules Gabriel Verne Allotte, conhecido como Júlio Verne, nasceu na cidade de Nantes, na França, em 8 de fevereiro de 1828. Formou-se em Direito, na cidade de Paris, mas se dedicou a carreira de escritor. No início, trabalhou na Bolsa de Valores enquanto escrevia e se dedicava ao estudo de temas científicos, geografia e história e a informa-se das inovações tecnológicas.
   Ao publicar seu primeiro livro, Cinco semanas em um balão (1863), empolgou com seu grande sucesso e continuou a criar outras histórias de aventura, retratando com habilidade fantasias e maravilhas imaginárias da ciência.
   Com suas obras, Júlio Verne anteviu o submarino, equipamentos de mergulho, a televisão e viagens espaciais, entre outros projetos científicos que imaginou e desenvolveu em suas histórias.  
   Das inúmeras obras publicadas, destacam-se Viagem ao centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865), Vinte mil léguas submarinas (1869), A volta ao mundo em 80 dias (1872). 
   Júlio Verne, grande autor literário, faleceu em 24  de março de 1905.
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